BRILHANDO NO ESCURO
Por: Alex Mustard
Tentar buscar algo positivo nas restrições de viagem dos últimos anos é difícil, mas pelo menos eu acumulei um monte de novos equipamentos e aparelhos para fotografia subaquática para experimentar. Isso significa que, quando volto a viajar, tenho muitos brinquedos de imagem para testar. Uma das técnicas que fiquei mais animado para experimentar foi fotografar com um novo equipamento de fotografia de fluorescência.
Fluorescência é comumente confundida com bioluminescência, mas na verdade elas são completamente diferentes. Como mergulhadores, frequentemente vemos bioluminescência. É a produção de luz por um organismo vivo. É o que você vê quando desliga a lanterna em um mergulho noturno e balança as mãos na água - a perturbação faz com que o plâncton bioluminescente se acenda. A fluorescência é diferente e não pode ser vista sem uma fonte de luz, porque ocorre quando um ser ou objeto absorve luz em uma cor e emite em outra. A fluorescência pode ser produzida por algo vivo, como um coral, ou por uma roupa colorida, por exemplo, que brilham sob a luz ultravioleta de uma boate!
A configuração clássica para fotografar fluorescência é usar uma fonte de luz forte azul ou ultravioleta. E então um filtro amarelo na lente, que bloqueia a luz azul e nos permite fotografar as outras cores fluorescentes. Tudo que não for fluorescente vai aparecer em preto. Assim, em um recife, os corais que geralmente são beges durante o dia, brilham em verde, amarelo, laranja e roxo. Os filtros fluorescentes variam, e meu objetivo não é o resultado científico perfeito, mas sim o mais artisticamente interessante.
Nas Maldivas, eu tinha novos filtros do Fire Night Dive, mas meu truque era que eles foram dimensionados para caber nos refletores dos meus flashes Retra. Esta é uma inovação na fotografia subaquática que duplica o brilho da luz dos meus flashes, focando mais a luz. A fotografia de fluorescência é sempre uma batalha contra níveis de luz muito baixos, por isso esta inovação foi uma grande vantagem, permitindo que eu fotografasse as imagens de grande angular. Estou muito satisfeito com as fotos das Maldivas, que são muito atraentes e uma grande celebração da recuperação dos corais nesses recifes.
Além de testar o equipamento da câmera, também foi uma chance de fazer alguns testes de equipamentos de mergulho. Então eu peguei meus dois reguladores, o EPIC ADJ 82X mais pesado e o DUAL ADJ 62X mais leve. Ambos são excelentes reguladores. O EPIC exala qualidade, que você percebe desde a primeira respiração. É um verdadeiro prazer de usar, assim como qualquer coisa de alta qualidade, como um bom relógio ou um carro de prestigio. Porém nessa oportunidade, por causa das franquias de bagagem, optei pelo DUAL, e fiquei muito satisfeito, já que ele é uma boa alternativa para viagens.
Eu também tive a chance de testar minhas roupas de água mais quentes: a Ultraskin Steamer e a roupa de mergulho Coral de 0,5 mm. Ambas me surpreenderam embaixo d’agua. A Ultraskin tem flutuabilidade neutra e eu pude mergulhar com ela sem lastro. Na verdade, usei meus bolsos de lastros para carregar acessórios de câmera, mas é bom saber que poderia deixá-los em casa em viagens onde estou apertado para cada grama de bagagem permitida. Na verdade, eu preferi um pouco a roupa Coral nesta viagem, que eu poderia mergulhar sem nenhum lastro, embora provavelmente tenha sido ajudado porque minha câmera e eu afundamos um pouco.
Achei a Ultraskin um pouco mais quente, mas ambos eram perfeitas para as Maldivas. Ainda estou para experimentar a Ultraskin em sua outra função: como uma roupa de baixo de uma roupa seca. Finalmente, devo destacar que adorei o capuz Ultraskin - eu uso capuz na maioria dos mergulhos porque não tenho cabelo, então sou um especialista. Este capuz é quente e muito confortável e você pode ouvir perfeitamente através dele, o que nem sempre é o caso com capuzes de neoprene.
Créditos:
Texto e imagem: Alex Mustard
Tradução e adaptação: Mares Brasil
Referência:
MUSTARD, Alex. Glow in the Dark. Disponível em: https://blog.mares.com/glow-in-the-dark-11594.html. Acesso em: 25 jan. 2022.
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